Ela escrevia o lado dela da história, a própria versão. E era disso que ela não gostava, não saber se a versão dele também era escrita pensando no pronome "nós". Ela tinha medo de envolver-se demais, arriscar-se demais e, no fim, não restar uma história construída juntos, mas sim a história de cada um, sozinhos, sem olhares cruzando-se e falando tudo o que as palavras não conseguiam expressar, sem laços, sem nós.
(K.M.E)
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