quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Personagem da Vez:Nelson Rodrigues

Livros:

Romances:
- Meu destino é pecar,"O Jornal" - 1944 / "Edições O Cruzeiro" - 1944 (como "Suzana Flag")
- Escravas do amor, "O Jornal" - 1944 / "Edições O Cruzeiro" - 1946 (como "Suzana Flag")
- Minha vida, "O Jornal" - 1946 / "Edições O Cruzeiro" - 1946 (como "Suzana Flag")
- Núpcias de fogo, "O Jornal" - 1948. Inédito em livro. (como "Suzana Flag")
- A mulher que amou demais, "Diário da Noite" - 1949. Inédito em livro. (Como Myrna)
- O homem proibido, "Última Hora" - 1951. "Editora Nova Fronteira", Rio, 1981 (como Suzana Flag).
- A mentira, "Flan" - 1953. Inédito em livro. (Como Suzana Flag).
- Asfalto selvagem, "Ultima Hora" - 1959-60. J.Ozon Editor, Rio, 1960. Dois volumes. (Como Nelson Rodrigues)
- O casamento, Editora Guanabara, Rio, 1966 (como Nelson Rodrigues).
- Asfalto selvagem - Engraçadinha: seus amores e pecados, "Companhia das Letras", São Paulo.
- Núpcias de fogo, "Companhia das Letras", São Paulo. (como Suzana Flag).

Contos:

- Cem contos escolhidos - A vida como ela é..., J. Ozon Editor, Rio, 1961. Dois volumes.
- Elas gostam de apanhar, "Bloch Editores", Rio, 1974.
- A vida como ela é — O homem fiel e outros contos, "Companhia das Letras", São Paulo, 1992. Seleção: Ruy Castro.
- A dama do lotação e outros contos e crônicas, "Companhia das Letras", São Paulo.
- A coroa de orquídeas, "Companhia das Letras", São Paulo.

Crônicas:

- Memórias de Nelson Rodrigues, "Correio da Manhã" / "Edições Correio da Manhã", Rio, 1967.
- O óbvio ululante, "O Globo" / "Editora Eldorado", Rio, 1968.
- A cabra vadia, "O Globo" / "Editora Eldorado", Rio, 1970.
- O reacionário, "Correio da Manhã" e "O Globo" / "Editora Record", Rio, 1977.
- O óbvio ululante — Primeiras confissões, "Companhia das Letras", São Paulo, 1993. Seleção: Ruy Castro.
- O remador de Ben-Hur - Confissões culturais, "Companhia das Letras", São Paulo.
- A cabra vadia - Novas confissões, "Companhia das Letras", São Paulo.
- O reacionário - Memórias e Confissões, "Companhia das Letras", São Paulo.
- A pátria sem chuteiras - Novas crônicas de futebol, "Companhia das Letras", São Paulo.
- A menina sem estrela - Memórias, "Companhia das Letras", São Paulo.
- À sombra das chuteiras imortais - Crônicas de Futebol, "Companhia das Letras", São Paulo.
- A mulher do próximo, "Companhia das Letras", São Paulo.

FRASES:

- Flor de obsessão: as 1000 melhores frases de Nelson Rodrigues, "Companhia das Letras", São Paulo, 1997, seleção e organização: Ruy Castro.

Teatro:

- Teatro completo, "Editora Nova Fronteira", Rio, 1981-89. Quatro volumes. Organização e prefácios de Sábato Magaldi.

Peças:

- A mulher sem pecado, 1941 - Direção Rodolfo Mayer
- Vestido de noiva, 1943 - Direção: Ziembinski
- Álbum de família, 1946 - Direção: Kleber Santos
- Anjo negro, 1947 - Direção: Ziembinski
- Senhora dos afogados, 1947 - Direção: Bibi Ferreira
- Dorotéia, 1949 - Direção: Ziembinski
- Valsa nº.6, 1951 - Direção: Henriette Morineau
- A falecida, 1953 - Direção: José Maria Monteiro
- Perdoa-me por me traíres, 1957 - Direção: Léo Júsi.
- Viúva, porém honesta, 1957 - Direção: Willy Keller
- Os sete gatinhos, 1958 - Direção: Willy Keller
- Boca de Ouro, 1959 - Direção: José Renato.
- Beijo no asfalto, 1960 - Direção: Fernando Tôrres.
- Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas ordinária, 1962 - Direção Martim Gonçalves.
- Toda nudez será castigada, 1965 - Direção: Ziembinski
- Anti-Nelson Rodrigues, 1973 - Direção: Paulo César Pereio
- A serpente, 1978 - Direção: Marcos Flaksman

Obs.- as peças de Nelson Rodrigues vêm sendo encenadas por diversas companhias teatrais em todo o Brasil até esta data.

Novelas de TV:

- A morta no espelho, TV Rio, 1963
- Sonho de amor, TV Rio, 1964
- O desconhecido, TV Rio, 1964

FILMES:

- Somos dois, 1950
- Meu destino é pecar, 1952
- Mulheres e milhões, 1961
- Boca de Ouro, 1962
- Meu nome é Pelé, 1963
- Bonitinha, mas ordinária, 1963
- Asfalto selvagem, 1964
- A falecida, 1965
- O beijo, 1966
- Engraçadinha depois dos trinta, 1966
- Toda nudez será castigada, 1973
- O casamento, 1975
- A dama do lotação, 1978
- Os sete gatinhos, 1980
- O beijo no asfalto, 1980
- Bonitinha, mas ordinária, 1980
- Álbum de família, 1981
- Engraçadinha, 1981
- Perdoa-me por me traíres, 1983
- Boca de Ouro, 1990.




Seleção de algumas frases dele que me agradam:
~~"O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda."
~~"Qualquer menino parece, hoje, um experimentado e perverso anão de 47 anos."
~~"Tão parecidos, Stalin e Hitler, tão gêmeos, tão construídos de ódio. Ninguém mais Stalin do que Hitler, ninguém mais Hitler do que Stalin."
~~"Se os fatos são contra mim, pior para os fatos."
~~"O pudor é a mais afrodisíaca das virtudes."
~~"Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada não há amor possível."
~~"Existem situações em que até os idiotas perdem a modéstia."
~~"Com sorte vc atravessa o mundo, sem sorte vc não atravessa a rua."
~~"Qualquer um de nós já amou errado, já odiou errado."
~~"Cada brasileiro, vivo ou morto já foi Flamengo por um instante, por um dia."
~~"A mais tola das virtudes é a idade. Que significa ter quinze, dezessete, dezoito ou vinte anos? Há pulhas, há imbecis, há santos, há gênios de todas as idades."
~~"Num casal, pior que o ódio, é a falta de amor."


sábado, 25 de setembro de 2010

Muito a ver comigo --

Seja eu de quem for

Carlos Miguel Leite


Serei eu a chama que arde em ti ou por acaso já se apagou o fogo que deixei de ver nos teus olhos.

Serás tu a minha alma gémea ou incendiou-se o rastilho de paixão que me cega.

Louca esta visão que me surge no horizonte: o sol que se põe, a noite que desliza por entre nós, o cheiro do mar, a flor que nos faz falta, o perfume que nos une.

Ando à procura de um ideal para que amanhã seja um ideólogo, um fantasma ou um psicólogo, alguém por quem possam chamar. Por isso quero ser alguém, quero ser de alguém e, sem saber bem porquê, entrego-me sem ver a quem, pois é a forma mais fácil de fugir.

Preencho a espaços aquilo que me falta entender. Em cada passo em falso que dou descubro algo mais e encho a minha já vasta colecção de frustrações. Entrego-me a quem quer que seja mas sem nunca me deixar possuir.

Aperta-me algo por dentro, foi mais um pedaço que morreu. Volta de novo o vazio que me pinta por fora, levanta-se o muro que chega a ser ridículo. Cubro-me de fantasias, crio mitos e personagens, distribuo papeis por aqueles com que me deparo, elaboro maquiavélicos obstáculos e sento-me à espera.

Espero que peguem em mim, que mandem o muro abaixo, que me prendam. Espero em vão. Troco as voltas à vida, construo um labirinto à minha volta e perco-me. Devolvo a paz ao mundo nas horas em que me deixo dormir para, mais tarde, voltar ainda mais insaciável.

Fecho os olhos, continuo a fugir, tropeço em mais alguém que ficou por amar, mais um erro de percurso. Mas continuo nesta minha entrega, a quem quer que seja.

Continuo a fingir para a vida seja eu de quem for. Continuo a viver do engano e mantenho-me fiel a esta espécie de infidelidade da qual ninguém está a salvo. Este é o meu furacão, o meu tsunami que arrasta almas, corações e deixa um rasto terrível de desilusões.

(Foi mantida a grafia original)


Fonte:http://www.releituras.com/ne_cmleite_seja.asp

Noite Insone

Já são 6:00...e eu passei a noite em claro,relendo algumas poesias e ouvindo algumas músicas,e então percebo estar sem sono,quando, na verdade eu deveria estar no 3º sono(mania de dizeres)...Mas com tanta coisa na cabeça é difícil simplesmente fechar os olhos e mergulhar em mim,são os editais de vestibulares,é a saudade de casa,é a vontade de ligar, de enviar uma mensagem,é a vontade de andar de bicicleta e sentir que por alguns momentos a liberdade está "pegando carona" comigo,é a quantia exata que eu devo economizar,é a redação que eu ainda tenho que fazer...enfim,são 6:05 da manhã de um sábado(25/09/2010) em que pareço que não vou poder dormir até que a noite chegue,e por incrível que pareça eu tento,mas o sono não vem...srá a ansiedade?porque eu não sei explicar,mas sinto que hoje algo de bom me espera...

Poema de Pablo Neruda


Talvez


Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a ORIGEM VERMELHA DA ROSA,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
RAJADA DE ROSEIRA,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...

Poema de Carlos Drummond de Andrade


A hora do cansaço
1984 - CORPO


As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.

Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.

Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nós cansamos, por um outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

Do sonho de eterno fica esse gosto ocre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

Descarregando o que der....

Já sem postar há um certo tempo, venho anotando mentalmente(ou então no caderninho preto) algumas coisas que pretendo postar.Eu acho estranho como isso fica,passar anos e anos(ai que exagero)sem postar e descarregar tudo de uma vez...minhas coisas,o que eu vi,o que eu li,o que deu vontade colocar aqui do nada...mas eu acho tão bom!Então eeu deixo ficar assim,um blog oscilante entre tudo e nada...

Homenagem para Loy' Vasconcelos

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ciclo Vitalício,24/06/2010

Existo.
Existo,enquanto vivo.
Vivo.
Vivo,enquanto espero a morte.
E meu murmúrio é tolo,reticente;
Na tentativa de explicar minha vida diligente.
Morte.
Morte,à espera de um infortúnio da sorte.
Sorte.
Sorte,aquilo que se tem para que se possa ser
[alguém.
Na insistência vã de ser,percebo já estar prestes
[a morrer.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

...Menina flor-anjo...

Era uma flor menina
Era uma menina flor
Já não sabia bem quem era...
Era um anjo do céu
Ou um anjo terreno?...

Ela já não sabia mais,
Era o que seria seu ser.
Era aquilo que ela achava
Que ele conseguia ver...

Mas ela é tão verdadeira
E simples em como é
Que não entende...
Tanto encantamento.

É só um rosto
Emoldurado de olhares,
De sorrisos,de lágrimas...
É só a menina de sempre,
Menina flor-anjo...

A causa do encantamento,
A inquietude do raciocínio,
Tudo passa por ela
Como um flash de estranha luz...

Menina flor-anjo...
Presa nas ideologias,
Na fuga para o que é extremo,
Para o que é a felicidade...

Já sem entender....

Já sem entender procuro apenas sentir...É cruel comigo,contigo...Mas é o que acabou acontecendo,eu simplesmente não posso ceder,mas já cedi...Mas admitir me custa muito,só queria que você visse como é fácil juntar os fatos e percebesse logo que É REAL...É PRA VALER...

domingo, 5 de setembro de 2010

~~Observações~~

Eu,e eu fico a observar a vida...
Às vezes eu sou o personagem principal,outras vezes uma mera espectadora...E as tramas,ah!essas são tão conturbadas,mas ao mesmo tempo tão monótonas...E lá vou eu,vivendo a minha vidinha chata,mas autêntica...Usando as palavras certas na discussão errada e vice-versa,munindo-me até os dentes de falsas barreiras protetoras...
Mas,sempre sendo atingida em cheio pelas piores abordagens...Mas,isso só vai me fortificando...Talvez eu ainda aprenda a lidar com a tão fútil complexidade do meu ser...

Pontos de Luz na Escuridão

E quando eu precisei de alguém,eu simplesmente estava só,ninguém atendeu aos meus chamados.Eu me encontrava desnorteada e desamparada.
Era algo como uma criança tateando no escuro,procurando uma forma de ser protegida,mas foi inútil,simples assim...
E então,surgiram dois pontos de luz,de uma forma tão singela e tão maravilhosa,mas no desespero de alguns segundos essa criança os fez sumir,mas jamais esquecendo do seu brilho...